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publicado em: 24/07/2017
Aroldo Vicente e Água Mineral Casimiro de Abreu

A preocupação com o meio ambiente e com a saude do ser humano

Agua Mineral Casimiro de Abreu

Nasceu na roça, disse ele. Para estudar, ia de bicicleta à noite, em um percurso de 18 km em uma estradinha cheia de perigos, terminar o curso ginasial, aos 14 anos. E, como tantos outros empresários de origem similar, Aroldo Vicente Ferreira teve que trabalhar duro para se acostumar com outro tipo de vida. Isto porque na roça, a vida é bem diferente.

 

Nasceu na zona rural de Cambuci, no interior fluminense e aos 18 anos, aproximando-se a idade de prestar o serviço militar, já pensou em mudar sua vida de local. Foi parar em Niterói, no Morro dos Marinheiros, no bairro Barreto e daí para servir à Marinha do Brasil foi um passo natural. Foi ser fuzileiro naval e,  gostou tanto, que ficou por trinta anos.

 

Mas não foi fácil.  Queria crescer e fazer a carreira militar como tantos lhe aconselharam. Entrou recruta e teve que fazer um curso para ser soldado para poder continuar. Seis meses depois era um soldado, um fuzileiro naval, especialista em infantaria. Era o Batalhão Payssandu.

 

Na Marinha é assim; para galgar outro posto é preciso estudar muito, fazer cursos. Depois do curso de cabo, a promoção para terceiro sargento até que não demorou muito, isso depois de novo curso na Escola de Formação de Sargentos na Ilha do Governador. Era bom em tiro e passou a ser instrutor disso. Foi instrutor também de Regulamento da Marinha e de armamento.

 

Quando chegou a segundo sargento foi  destacado para servir na guarda presidencial do Presidente Collor.  Na volta dessa função foi  destacado para servir no Estado Maior da Marinha, na FFE, Força de Fuzileiros da Esquadra,  nas áreas do Departamento Pessoal, Informações e Planejamento e Execução.

 

Serviu também na Cia de Policia Naval. Nas suas horas de folga fez o curso de direito, pois pretendia ser delegado da policia federal. Para cobrir as despesas desse curso, usou o seu talento empreendedor e procurava vender o que pudesse, carros usados, relógios, até roupas íntimas ele vendia para as colegas da faculdade.

 

Depois de tantas funções  e tendo adquirido tantos conhecimentos  foi ser Relações Públicas, Aí, já era um primeiro sargento. Aposentou-se na Marinha como subtenente e finalmente transferiu-se para a reserva remunerada. Na vida civil, o que fazer? Isso sim, era outra vida.

 

Além disso, porque, casado com Jurenita e pai de Sulamita, teve o pior momento de sua vida com uma doença inesperada de sua esposa. Fase difícil que culminou com essa perda inesperada. Ela tinha apenas 41 anos. O que fazer agora, sozinho, na vida civil e com uma filhinha de cinco anos? Ainda estava na Marinha quando resolveu fazer o curso de Direito e formar-se advogado. Mas era apenas um bacharel, não podia trabalhar antes de ter a autorização da Ordem dos Advogados do Brasil, ou melhor, o registro na OAB.

 

A primeira coisa que fez foi se preparar para o exame da Ordem dos Advogados do Brasil, OAB. Conseguiu com muito esforço. Passou a ser corretor, vendia carros usados e imóveis. Começou por uma casa que tinha e que estava alugada. Depois pensou em  uma loja de calçados e, não tendo dado certo, pensou também em  uma auto peças. Que também não foi em frente.

 

Aí, como ele diz, Deus mostrou uma pessoa que  esteve sempre ao seu lado durante a longa agonia de sua esposa. Era uma instrumentadora cirúrgica do hospital, chamada  Kelly Cristina, que sempre estava presente em suas visitas  ao hospital .

 

Seu carinho com Sulamita, uma criança triste com a situação da mãe, que se transformara fisicamente muito, em virtude da doença, acalmava um pouco seu coração. Depois que a dor diminuiu um pouco voltaram a se encontrar, quando a amizade foi crescendo até se transformar numa bela relação.

 

Um dia Aroldo chegou a Casimiro de Abreu, vindo de Macaé e encantou-se com uma propriedade à venda às margens da BR 101, Km 203, ao lado do posto da Policia Rodoviária Federal. Comprou o sitio com 5 alqueires e, percebeu algumas minas d’água que afloravam por todo o terreno.

 

Procurou, então, um geólogo conhecido, Altivo Jr,  buscando mais informações sobre o que fazer com uma terra tão úmida. O caminho era um só; produzir água mineral. Mas não podia ser aquela água existente na superfície, pois o risco de contaminação era muito grande; era preciso perfurar, conforme orientação do geólogo

 

Juntou todas as suas economias e começou a maior empreitada de sua vida. O poço alcançou mais de 100 metros e jorrou a água perfeita, de pH quase neutro. Sonhava todas as horas com o seu projeto de ter um  negócio que oferecesse um produto fundamental para a vida do ser humano; a água.

 

Comprou um trator e um caminhão, usados, que davam problemas mecânicos a toda hora, para aterrar o terreno. Muitas vezes ele foi o motorista do caminhão e tratorista ao mesmo tempo, por falta de recursos para contratar ajudantes. Construiu o primeiro barracão e o dinheiro acabou.

 

Foi a banco, conseguiu financiamentos e comprou um maquinário dos mais modernos. As instalações da Água Mineral Casimiro de Abreu foram inauguradas em março deste ano de 2017. Quem visita a indústria logo vê os três tanques em aço inox e a tubulação que traz o produto da fonte São Vicente, a primeiro de três fontes que foram perfuradas na propriedade.

 

Os planos de Aroldo Vicente incluem outros produtos que ele espera lançar no final de 2018, mas até lá ele quer manter a qualidade de seu produto e o atendimento perfeito que hoje ele já oferece. Que ninguém duvide que ele vai concretizar o seu sonho.


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